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MP pede interdição de frigoríficos em Lajeado por casos de coronavírus

Ministério Público pediu nesta segunda-feira (4)  que seja determinada a paralisação imediata das empresas  Minuano e BRF em Lajeado.

De acordo com o Ministério Público o período mínimo é de 15 dias, com multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.

As ações foram assinada pelo promotor de Justiça Sérgio Diefenbach. Elas pedem também que durante o período de suspensão das atividades, seja feita a higienização e descontaminação das unidades industriais. “Inclusive sistemas de refrigeração de ar, veículos próprios e de terceiros, espaços internos e externos da unidade, como estacionamento, paradas de ônibus, acessos às empresas, etc.”

As empresas deverão ainda elaborar planos de retomada gradativa das atividades para implementação após o período de suspensão das atividades. “Os planos somente serão efetivado após análise e aprovação do Ministério Público e homologação judicial, sob pena de se prorrogar a suspensão das atividades até a sua completa adequação”, ressaltou o Ministério Público.

Por fim, as ações pedem que a Minuano e a BRF acompanhem, monitorem e, antes do retorno ao trabalho, testem todos os trabalhadores, inclusive os terceirizados.

Conforme Diefenbach, as ações são fruto de consenso entre promotores de Justiça de Lajeado e das cidades do entorno, Venâncio Aires, Estrela, Arroio do Meio, Encantado e Taquari. “Respondem ao anseio de alguns prefeitos da região, médicos e técnicos na área de saúde e basicamente à necessidade de preservarmos a saúde e a vida não só dos trabalhadores, mas de suas famílias e das pessoas que mantem contato com eles”, explica.

De acordo com Diefenbach, os números vinham demonstrando que talvez pela natureza do frigorífico, aqueles dois polos estavam sendo irradiadores de muitas contaminações.