O ex-juiz Sergio Moro decidiu entregar o cargo que ministro da Justiça e Segurança Pública nesta sexta-feira (24). Sua saída do cargo foi tornada pública em pronunciamento a jornalistas.
Ele deixa o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. A saída do então chefe da PF foi publicada nesta madrugada no DOU (Diário Oficial da União).
A exoneração de Valeixo foi publicada como “a pedido” no Diário Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro. No entanto, o ministro não assinou a medida, nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.
Moro decidiu deixar o governo na manhã de quinta (23), quando foi informado pelo presidente da decisão de demitir Valeixo. O ministro avisou Bolsonaro que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral. O chefe da PF havia sido escolhido por Moro.
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Outro motivo que levou o ex-juiz a decidir deixar o governo é a postura de Bolsonaro perante a pandemia de coronavírus. O presidente tem contrariado orientações do órgão de saúde e provocado aglomerações em suas saídas.
É a segunda baixa no governo federal em menos de um mês. No dia 16, Luiz Henrique Mandetta, até então titular da Saúde, foi demitido após se opor ao isolamento social diante da pandemia de coronavírus.
Quem chefia a PF?
A expectativa é de que Bolsonaro anuncie Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência. Ele é considerado um bom policial, porém muito inexperiente para assumir um cargo deste tamanho. Tem apenas 15 anos na corporação.
