Cotidiano

Covid-19: prevenção, fronteiras, comércios dominam buscas no Google

Com a pandemia do novo coronavírus se desenvolvendo com rapidez, ganha velocidade também o interesse dos cidadãos por entender melhor esse fenômeno e acompanhar as respostas a ele. De acordo com dados repassados à Agência Brasil, os assuntos mais pesquisados no mecanismo Google nos últimos dias são informações sobre o novo coronavírus e formas de prevenção, as mudanças nos estabelecimentos comerciais e as alterações nas fronteiras do país e de divisas das unidades da federação.

As principais perguntas envolvendo o tema nesta sexta-feira (20), de acordo com levantamento interno do Google, foram: O que é coronavírus? De onde surgiu o coronavírus? Quando surgiu o coronavírus? O que é coriza? O que é pandemia?.

A Agência Brasil produziu uma matéria onde explica o que é o vírus, quando surgiu, quais são os sintomas, de que maneira ele é transmitido, quais as melhores formas de prevenção e tirando dúvidas comuns.

Outra matéria explicativa trouxe informações sobre o que é pandemia, após a Organização Mundial de Saúde decretar essa situação global com a disseminação do vírus por mais de uma centena de países. A Agência também discutiu as diferenças entre isolamento e quarentena, duas providências comuns em casos de infecção com o vírus.

Fronteiras

A busca por fronteiras atingiu seu maior ápice nos últimos cinco anos. Nesta semana o governo federal anunciou que fecharia as fronteiras terrestres em relação a todos os países da América do Sul, à exceção do Uruguai. Em relação a este último, os Executivos dos dois países ainda discutem uma solução comum.

Também foi anunciada a restrição da entrada de pessoas de países afetados pelo coronavírus por via aérea. Fica impedida a chegada de passageiros estrangeiros vindos da China, de países-membros da União Europeia, da Islândia, da Noruega, da Suíça, do Reino Unido e da Irlanda do Norte, da Austrália, do Japão, da Malásia e da Coreia do Sul. A decisão não incluiu os Estados Unidos, país com maior número de casos na América do Norte.

Governos estaduais anunciaram o fechamento de divisas e de aeroportos. Foi o caso do Rio de Janeiro, que suspendeu a entrada de passageiros de voos internacionais e vindos de estados com situação de emergência decretada.

Na sexta-feira (20) o Ministério da Infraestrutura divulgou nota afirmando que não há orientação para fechar portos e aeroportos, o que foi seguido por agências regulatórias, como a de aviação civil (ANAC) e a de transportes aquaviários (Antaq).  

Estabelecimentos abertos e fechados

Outro tema de bastante interesse entre os internautas é quais estabelecimentos foram obrigados a fechar e quais ficam abertos. Em parte das unidades da federação, governadores decidiram restringir lojas, centros de compra (como shoppings e feiras) e espaços de entretenimento, mantendo abertos supermercados, farmácias e restaurantes.

No Distrito Federal, por exemplo, o governo local determinou o fechamento do comércio, academias, bares e casas noturnas até o dia 5 de abril.  O governo do Rio de Janeiro determinou o fechamento de teatros e cinemas.

Outros governos estaduais também adotaram essa providência, como Paraná e Goiás. No primeiro caso, o decreto do governador Ratinho Júnior focou em shoppings, galerias, academias e congêneres. O governador goiano Ronaldo Caiado decretou limitação semelhante, abarcando comércios e espaços de lazer, como bares, boates, teatros e cinemas.

O governador de São Paulo, João Dória, anunciou o fechamento do que chamou de serviços públicos não essenciais do estado, como zoológico, unidades de conservação e parques. Diversas repartições funcionarão com atendimento virtual.

Dória recomendou a suspensão das atividades de shoppings e academias na região central do estado. O prefeito da capital paulista, Bruno Covas, também decidiu pelo fechamento de comércios. O governador do Ceará, Camilo Santana, determinou a suspensão de indústrias, comércios, bares, restaurantes e do transporte intermunicipal, além de colocar barreiras nas divisas do estado.

O que fazer em casa

O levantamento do Google também verificou uma grande procura por formas de passar o tempo em casa. Em cada cidade ou estado, atividades vêm sendo oferecidas, inclusive de graça. Instituições de ensino ofertaram cursos à distância, como a Fundação Getúlio Vargas ou a Universidade de São Paulo.

Profissionais liberais utilizam seus perfis nas redes sociais para disponibilizar cursos, orientações acerca de atividades, como exercícios ou brincadeiras para crianças. Artistas vêm promovendo shows a distância, como a cantora carioca Tereza Cristina e ou o cantor Leoni. Até mesmo um festival foi transmitido pela Internet,  o #tamojunto, organizado pelo jornal O Globo. O selo Biscoito Fino vai veicular shows diversos gravados em DVD.  

Serviços de audiovisuais também disponibilizaram acesso a conteúdos. Operadoras de TV paga abriram o sinal de diversos canais. O festival É tudo Verdade, cancelado em função da pandemia, vai veicular na web parte dos filmes.

Além disso, a Agência Brasil entrevistou especialistas que disseram que o isolamento pode ser uma forma de reforçar laços familiares.