A cotação do dólar atingiu, nesta quinta-feira (12), o maior valor nominal desde a criação do Plano Real, em 1994, por causa do novo coronavírus. A divisa americana se valorizou 6,52% frente a moeda brasileira, na abertura do mercado as 9h, e chegou a R$ 5,0290 na modalidade futura. As 9h40, a moeda caiu para R$ 4,96, com alta de 4,5%.
A disparada é um claro reflexo da decisão do presidente americano, Donald Trump, de suspender as viagens da Europa para os Estados Unidos. Pesa também no mercado a declaração de pandemia por coronavírus feita ontem pela OMS (Organização Mundial de Saúde) ontem.
Como medida paliativa, o Banco Central anunciou que venderia nesta quinta US$ 2,5 bilhões das reservas brasileiras. É uma tentativa de conter uma alta pronunciada da moeda. Ontem, a divisa norte-americana fechou em alta de 1,61%, a 4,7207 reais na venda, segunda mais alta cotação de fechamento da história.
Ontem a Bolsa de Valores de São Paulo teve desvalorização de 7,6%, em virtude do cenário econômico. Houve a necessidade de interromper as negociações por 30 minutos – o chamado circuit breaker – para tentar diminuir o pânico entre os investidores.
Além do mercado de ações brasileiro, outras bolsas de valores desabam nesta manhã. Dentre elas estão a italiana, a francesa e a britânica. Há grande temor de uma recessão por causa da parada da atividade econômica em escala global por causa do coronavírus.