Cotidiano

Coronavírus faz tênis de mesa paralímpico abrir mão de torneio

Os mesa-tenistas brasileiros oficializaram neste domingo (1º) a desistência de participar do Aberto Costa Brava, competição fator 40 (mais alto) do Circuito Mundial Paralímpico de Tênis de Mesa, em Platja D’Aro, na Espanha. Na última sexta-feira (28), a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) reuniu os atletas, deixando a decisão de disputar o torneio a cargo de cada competidor.

Participariam do evento os atletas Aloísio Lima (Classe 1 masculino), Bruna Alexandre (Classe 10 feminino), Cátia Oliveira (Classe 2 feminino), Danielle Rauen (Classe 9 feminino), Guilherme Costa (Classe 2 masculino), Joyce Oliveira (Classe 4 feminino), Lucas Hansen (Classe 11 masculino) e Paulo Salmin (Classe 7 masculino).

Vice-campeã mundial em 2018 e uma das postulantes ao top 3 da sua classe, Cátia Oliveira divulgou mensagem em suas redes sociais comunicando sua decisão. “Tendo em vista o planejamento de 2020, bem como os treinamentos, preparação física e o restante dos campeonatos, eu, juntamente com a minha equipe, decidi não participar desse torneio na Espanha pelos riscos a minha saúde”, diz o texto postado pela atleta.

Já Paulo Salmin, campeão parapan-americano da Classe 7, ressaltou o principal objetivo do ano, a busca da medalha inédita nas Paralimpíadas de Tóquio, e disse que atleta gosta é de jogar, de pegar o saque no 9 a 9 e ser o mais decisivo possível. “A preparação foi ótima, me sinto na melhor forma ou em uma das melhores formas da minha carreira, mas, desta vez, não sou eu que decido. Vamos remanejar o calendário, rezar para que tudo isso seja controlado o quanto antes. A nós resta manter a preparação buscando a excelência”, afirmou

Segundo a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, a competição está mantida, e o Covid-19 não atingiu efetivamente a Espanha. Até sexta-feira, foram reportados 33 casos naquele país, sem nenhum registro de morte.

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) recomendou a não participação dos atletas. Apesar disso, a CBTM deixou a cargo dos próprios mesa-tenistas a decisão final, disponibilizando toda a estrutura já reservada anteriormente.