ANSA Brasil – O governo da Itália informou nesta segunda-feira (24) que ao menos 219 pessoas estão infectadas pelo novo coronavírus (Covid-2019) em seis regiões do país. Seis pessoas morreram em decorrência da doença, afirmaram as autoridades.
O número de casos foi revelado pelo comissário extraordinário para a emergência do coronavírus da Itália, Angelo Borrelli. Até o momento, a origem do contágio não foi identificada.
No momento, portanto, existem 168 infectados na Lombardia, incluindo as 5 vítimas, 18 em Emília-Romagna, 4 no Piemonte e 3 no Lazio – o casal chinês internado no Instituto Spallanzani e um pesquisador. Dos 213 casos positivos, 99 estão hospitalizados com sintomas da doença, 23 estão em terapia intensiva e 91 em isolamento domiciliar. No Vêneto, os casos confirmados de coronavírus subiram de 27 para 32. No total existem 24 pacientes em Vo Euganeo, 4 em Mirano e 4 em Veneza.
Temor de epidemia
Apesar do temor pela epidemia, o comissário italiano minimizou a preocupação de estrangeiros que desejam visitar o país. “No nosso país há segurança e pode vir com segurança”, afirmou ao SkyTg24. “A situação está absolutamente sob controle no que diz respeito aos tratamentos, com essas medidas de contenção esperamos interromper a infecção”, acrescentou.
Borrelli ainda ressaltou que “não há ninguém sem assistência médica e sem o apoio da Proteção Civil”. Em relação às medidas para as próximas semanas, ele afirmou que “o problema é tratado de maneira ordenada e livre de problemas para não criar mais transtornos aos cidadãos”.
Conforme Borrelli, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, se surpreendeu com a “rapidez com que houve um aumento de casos, mas a reação do governo, do sistema de saúde e da Proteção Civil foi imediata e oportuna”. “Nós italianos passamos como um país indisciplinado, mas somos muito ordenados quando há precauções a serem tomadas que afetam a saúde de todos”, finalizou.
Blindagem no norte da Itália
O governo da região norte da Itália resolveu blindar cinco áreas do território italiano na tentativa de evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). Entre as principais medidas está o fechamento de escolas e universidades, assim como cinemas, teatros, bares e discotecas.
A decisão provocou a diminuição do fluxo de italianos pela cidade. Os serviços de transportes e estabelecimentos localizados próximo à Estação Central de Milão foram fechados.
Metrôs e trens com destino a Milão, mesmo nos horários de pico, estavam vazios. As pessoas que utilizaram os transportes, por sua vez, apareceram com máscaras e até lenços nos rostos. “Nem em agosto o trem fica tão vazio” é o comentário de um dos passageiros.
A Itália é o país europeu que mais registrou vítimas e pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Países vizinhos, como França, Suíça e Áustria já demonstraram preocupação com o surto.
“Não vá para a Itália”
Hoje cedo, o ministro da Saúde de Israel, Yaacov Litzman, “aconselhou” os israelenses a “não irem para a Itália” em decorrência do aumento no número de mortes provocadas pelo coronavírus. “Estamos verificando para determinar se a Austrália e a Itália se tornarão países cujas chegadas em Israel devem ser isoladas quando entrarem em nosso território. Não temos medo de impor o isolamento”, finalizou o político israelense.