Cotidiano

Gre-Nal dá toque gaúcho à final da Copa São Paulo neste sábado

O aniversário é da cidade de São Paulo (SP), que comemora 466 anos, mas, na manhã deste sábado (25), a capital paulista terá uma festa gaúcha. Resta saber se em azul ou vermelho. Grêmio e Internacional decidem a Copa São Paulo de Futebol Júnior a partir das 10h (horário de Brasília) no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.

Apesar de reunir dois times do Rio Grande do Sul, a expectativa é de casa cheia. Segundo a Federação Paulista de Futebol (FPF), organizadora da competição, os 32 mil ingressos disponibilizados gratuitamente se esgotaram hoje (24). Os bilhetes, gratuitos, devem ser impressos aqui.

Os portões serão abertos amanhã (25), às 8h. Os gremistas ocuparão a arquibancada verde e amarela do estádio, com acesso pela Praça Charles Miller. Os colorados ficarão nas cadeiras laranjas, cuja entrada é pela Rua Itápolis. Cada torcida teve direito a 16 mil ingressos.

É apenas a quinta vez, em 51 edições da Copinha, que a decisão não reunirá times paulistas. A primeira desde 2011, quando o Flamengo superou o Bahia por 2 a 1, também no Pacaembu. O próprio Inter esteve em uma dessas finais entre “forasteiros”: em 1980 derrotou o Atlético-MG.

O Colorado, aliás, é um dos maiores campeões do torneio, com quatro títulos (1974,1978,1980 e 1998, sendo que este último revelou o zagueiro Lúcio, pentacampeão mundial com a seleção brasileira) e um vice (1972, quando perdeu a final para o Nacional-SP). Se chegar à quinta taça, o Inter se iguala a São Paulo e Fluminense, ficando só atrás do Corinthians (10) em número de conquistas.

“É uma final muito especial. Além disso, é um clássico gigante.Todos estamos ansiosos para esse jogo. Jogadores, comissão… E todos estarão assistindo. A expectativa é grande. Não é uma competição fácil. Que vença o melhor”, disse o meia Cesinha, capitão do Internacional na Copinha, em entrevista coletiva no Museu do Futebol, em São Paulo.

O Grêmio, por sua vez, chega à segunda final, mas nunca venceu a competição. Na decisão de 1991, o time que apresentou o goleiro Danrlei foi goleado por 4 a 0 pela Portuguesa, do atacante Dener, que faleceu três anos depois em um acidente de carro.

“(Estar na final) é o sonho do moleque de qualquer cidade ou favela do país. É um título que pode marcar na história”, afirmou o lateral-esquerdo e capitão gremista Matheus Nunes, durante a entrevista coletiva. “Lembro de quando cheguei (ao Grêmio), com 12 anos. Estava no alojamento vendo os atletas (nascidos em 1998). Botei na cabeça: um dia, vou chegar lá”, completou.

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Apesar do histórico na competição ser bem mais favorável ao Inter, o Tricolor Gaúcho chega à final com números levemente superiores. Ambos têm seis triunfos e dois empates em oito jogos, com uma classificação nos pênaltis para cada lado, e só foram vazados três vezes. O Grêmio, porém, marcou três gols a mais (18 a 15).

O atacante Elias, com seis gols, é o artilheiro gremista. Foi dele a bola na rede que classificou o time à final, na vitória por 1 a 0 sobre o Oeste, na semifinal, na Arena Barueri. Companheiro de ataque de Elias, Rildo vem na sequência da estatística, com quatro gols. Para a decisão, a equipe dirigida pelo técnico Guilherme Bossle terá o retorno do meia Diego Rosa, expulso durante a disputa de pênaltis contra o Vasco, pelas quartas de final.

“No ano passado, por minutagem em campo, o Grêmio foi o clube que mais usou jogadores da base na equipe de cima. É legal saber que o professor Renato (Gaúcho, técnico do time principal gremista) deu uma segurada na palestra antes do jogo (contra o Caxias, na estreia do Campeonato Gaúcho) para que a equipe profissional pudesse assistir os meninos, e todos vibraram muito no gol do Elias, como se fosse deles. Isso é integração”, destacou Guilherme.

Assim como o rival, o Inter tem seus tentos distribuídos por nove jogadores. O meia e capitão Cesinha e o atacante Matheus Monteiro, ambos com três gols, são os goleadores colorados. Matheus, inclusive, deixou a marca dele no 3 a 1 para cima do Corinthians, também na Arena Barueri, pela outra semifinal. Os atacantes Guilherme Pato e Nícolas completaram o resultado para o grupo comandado por Fábio Matias.

“É importante para o Rio Grande do Sul ter Inter e Grêmio nessa final. Mostra o quanto essas bases estão em alta. São dois times com muitos jogadores de destaque no cenário nacional. Para nós, é uma satisfação grande sermos testemunhas vivas desse jogo. Nosso principal objetivo é dar visibilidade aos meninos. Queremos que vários tenham oportunidade no time profissional”, encerrou Fábio.