Um avião Boeing 737-800 caiu, na manhã desta quarta-feira (8) próximo a Teerã, no Irã. O acidente aeronáutico ocorreu em uma área agrícola em Khalaj Abad, no distrito de Shahriar, logo após a decolagem. Não há sobreviventes entre os 176 ocupantes.
O acidente ocorreu algumas horas depois que o Irã disparou mísseis contra o Iraque visando bases aéreas onde os Estados Unidos abrigam tropas. As primeiras informações sugerem que o acidente não parece ter ligações com os ataques feitos no Iraque.
A aeronave que fazia o voo PS-752 era operada pela Ukraine International Airlines e tinha passado por uma inspeção de rotina há dois dias. O voo tinha como destino Kiev, capital da Ucrânia. De acordo com o porta-voz de emergência do Irã, Mojtaba Jaledí, dez ambulâncias foram enviadas para o local presumido da queda. No entanto, os serviços médicos apenas puderam abir caminho para o resgate dos corpos.
O voo estava programado para deixar o terminal às 5h15. Mas o 737, de matrícula UR-PSR deixou o Aeroporto Internacional de Tehran Imam Khomeini somente às 06h12 horário de Teerã – 23h42, no horário de Brasília. O avião desapareceu dos radares cerca de oito minutos após decolar. A aeronave teria apresentado “problemas técnicos”, conforme a agência de notícias ISNA, do Irã.
Entre as vítimas, onze pessoas, sendo nove tripulantes e dois passageiros, eram ucranianos. Os outros passageiros identificados até agora eram do Irã (82), Canadá (63), Suíça (10), Reino Unido (4) e Alemanha (3). Muitos deles estavam em voos de conexão para outros destinos.
Investigação
As autoridades da Ucrânia e o Irã excluíram qualquer ligação entre a queda do avião e a tensão no Oriente Médio e crise com os Estados Unidos. Os dois países não acreditam se tratar de um atentado terrorista nem que a aeronave tenha sido atingida por um míssil. Segundo um dirigente do Ministério do Transporte do Irã, Qassem Biniaz, a causa do acidente seria um problema no motor, que teria pegado fogo.
O motivo do acidente será analisado pela companhia aérea e autoridades da Ucrânia e do Irã. O Irã disse que não vai permitir que a Boeing ou o governo americano tenham acesso aos dados das caixas pretas.
O acidente de avião mais grave do Irã ocorreu em fevereiro de 2018, quando um ATR-72 da companhia aérea iraniana Aseman caiu em uma área montanhosa do centro daquele país, matando 59 passageiros e seis membros da tripulação viajando a bordo.