ANSA Brasil | Pelo menos 50 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas durante um tumulto na cerimônia do funeral de Qassem Soleimani nesta terça-feira (7). O sepultamento deveria ocorrer em Kerman, no Irã, sua cidade natal, mas foi suspenso.
A confusão aconteceu enquanto o caixão do general iraniano, morto no último dia 2 de janeiro em um ataque dos Estados Unidos em Bagdá, era preparado para ser sepultado. Segundo a imprensa, as vítimas teriam morrido pisoteadas.
As ruas de Kerman, no sudeste do Irã, foram tomadas por dezenas de milhares de pessoas para homenagear o general. Imagens da TV estatal mostram a gigantesca multidão. Diversas autoridades do Irã discursaram na cerimônia.
O corpo do comandante, considerado o segundo homem mais poderoso do país, atrás apenas do líder supremo aiatolá Ali Khamenei, será enterrado no chamado Cemitério dos Mártires depois de quatro dias de homenagens.
O cortejo teve início na cidade de Ahvaz, passou pelo município sagrado de Mashhad e depois seguiu para a capital Teerã. Lá, Khamenei liderou uma cerimônia nos arredores da Universidade local e a filha do general, Zeinab Soleimani, afirmou que a morte de seu pai “trará dias mais escuros” aos Estados Unidos. Além disso, ela ressaltou que “o plano maligno” do presidente americano, Donald Trump, de causar separação entre Irã e Iraque falhou.
Terrorismo
Enquanto ocorre o funeral, o Parlamento do Irã aprovou por unanimidade uma moção que classifica todas as forças armadas dos Estados Unidos como “terroristas”, além de destinar cerca de 200 milhões de euros para apoiar a Força Quds, chefiada pelo Soleimani antes de sua morte.