As doenças arteriais periféricas, que atingem uma em cada dez pessoas com mais de 60 anos de idade, podem provocar dores, úlceras, dificuldades de locomoção e até amputações. O Rio Grande do Sul possui um dos índices mais altos do país desse tipo de doença, atrás apenas de quatro estados do Nordeste.
Considerado pela comunidade médica uma revolução para a cirurgia vascular, um procedimento inédito foi realizado no Hospital Moinhos de Vento. Pela primeira vez no Sul do país, foi utilizado o equipamento mais moderno que existe hoje no mercado para a aterectomia – ou o desentumpimento das artérias – de vaso periférico.
O procedimento foi conduzido pelo médico Alexandre Araújo Pereira, coordenador do Ambulatório de Doenças Arteriais do Hospital Moinhos de Vento. “O dispositivo é introduzido nos vasos, cortando e aspirando as placas de gordura e cálcio e desobstruindo a passagem do sangue. Além de evitar o uso de stents metálicos, que em áreas de dobra podem quebrar, o tempo de recuperação é bem menor do que nas cirurgias convencionais”, explicou o cirurgião vascular.
Descartada amputação
A paciente foi uma idosa de 91 anos que apresentava úlceras nas pernas com necrose, correndo o risco de ter o membro amputado. Após o procedimento, a senhora se recupera bem, e a possibilidade de amputação, pelo menos neste momento, foi descartada.