A prefeitura do Recife informou que está prevista para a tarde de hoje (26) uma reunião entre autoridades do setor de saneamento e de segurança local, para avaliar a situação, estudar medidas preventivas e definir os próximos passos para os trabalhos periciais relativos ao deslizamento de barreira ocorrido na madrugada da véspera de Natal (24), no bairro Dois Unidos da capital pernambucana.
De acordo com a prefeitura, sete pessoas morreram e três ficaram feridas em consequência do deslizamento. As vítimas fatais foram Daffyne Kauane, 9 anos, e sua avó Lucimar Alves, 50; Cláudia Bezerra, 45; Emanuel Henrique de França, 25, sua esposa, Érika Virgínia, 19, e seu filho Érick Júnior; e Lia de Oliveira, 45.
Equipes do governo de Pernambuco e especialistas técnicos estão apurando as causas do deslizamento de terra, após relatos feitos por moradores, de que dois canos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) haviam se rompido antes da tragédia. Um inquérito já foi aberto pela Polícia Civil para investigar o caso.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o deslizamento ocorreu por volta das 2h55 na Rua Bela Vista, que fica no Córrego do Morcego. A Secretaria de Infraestrutura informou que o primeiro chamado para a Compesa foi feito às 3h05. Às 3h22, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estavam no local.
A Compesa disponibilizou 50 técnicos para atenderem a ocorrência e analisarem o rompimento dos canos na encosta. A companhia afirmou que faz monitoramentos constantes do abastecimento de água na área, em contato com líderes comunitários, e negou ter havido registro de vazamentos no local.
Por meio de nota divulgada ontem (25), a prefeitura do Recife informou que uma obra de contenção não teria evitado o deslizamento de barreira que causou a tragédia na madrugada da véspera de Natal.
“As obras de contenção têm o objetivo de evitar deslizamentos causados pela chuva, quando a água vem de fora do terreno. O caso do deslizamento da terça-feira (24) é diferente, a água veio de dentro da barreira, uma obra de contenção não teria evitado o acidente. O local do deslizamento não era considerado de alto risco para acidente causado por chuva”, diz a nota.