O número estimado de nascimentos no Japão em 2019 caiu para 864 mil, o mais baixo desde que se iniciaram os registos em 1989. Os dados oficiais estimam que o número de recém-nascidos tenha diminuído em 54 mil a partir de 2018. O número permanece, pelo quarto ano consecutivo, abaixo de 1 milhão.
Segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o número de óbitos também atingiu em 2019 um recorde, com um declínio natural da população de 512 mil, o mais alto desde o pós-guerra.
O número de recém-nascidos em 1989 era de 1.247 mil, e ao longo dos últimos 30 anos tem registado uma queda de 30%. Nos anos de 2017 e 2018 nasceram menos 28 mil bebés que nos anos anteriores.
O Governo estabeleceu como meta aumentar a taxa total de natalidade até ao fim de 2025 e tem vindo a anunciar medidas para aumentar a natalidade e emprego das gerações mais jovens. E mais recente estimativa poderá levar o Estado a aumentar, ainda mais, essas medidas.
A taxa total de natalidade mede o número médio de filhos que uma mulher terá na vida.
O número de mulheres em idade fértil também regista uma queda. O número de mulheres na faixa etária dos 30 anos era, em junho deste ano, de 6.83 milhões com menos de 20 anos, o número era ainda mais baixo com apenas 5.77 milhões.
Os dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar revelam ainda que o número de casais que se juntou em 2019 caiu cerca de 3 mil. Já o número de casais que se divorciou aumentou em cerca de 2 mil.
Segundo a CNN, a população total do país fixou em 124 milhões em 2018 e em 2065 é esperado que tenha caído cerca de 88 milhões.
O declínio demográfico significa que exista um menor número de trabalhadores que continua a apoiar uma população cada vez mais idosa que necessita de cuidados de saúde e reformas.
O Japão é uma nação superenvelhecida, mais de 20% da população tem mais de 65 anos.