A necessidade de financiamento do governo em 2018 foi de R$ 478,8 bilhões, uma redução de 12,4% em relação a 2017, ano em que somava R$ 551,2 bilhões. Os dados levam em conta as esferas municipal, estadual e federal e foram divulgados hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo 2018.
A queda ocorreu porque a receita total cresceu 8,2%, enquanto as despesas subiram 4,2%. O aumento das receitas foi gerado pela elevação da arrecadação com impostos sobre bens e serviços (+8,9%), impostos sobre propriedade (+9,5%), impostos sobre o comércio e transações internacionais (+25,8%) e com rendas patrimoniais (+14,6%).
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos, teve um crescimento de 16,9% quando consideradas todas as esferas de governo, atingindo R$ 93,9 bilhões. Os municípios puxaram esse movimento, com elevação de 38,7% nos investimentos em 2018, enquanto os estados elevaram a FBCF em 9,4%, e o governo federal, em 6,5%.
As despesas líquidas dos governos com juros registraram uma desaceleração na passagem de 2017 para 2018, já que o crescimento de 2% foi menor que o de 11% registrado na comparação entre 2017 e 2016. O gasto total com benefícios sociais subiu 1,6% em 2018, e as remunerações cresceram 5,2%.