Cotidiano

Rodoviários fazem protestos contra projeto que prevê redução de cobradores

A manhã desta quarta-feira (18) foi marcada por uma série de protestos de rodoviários contrários ao projeto de lei que prevê a redução do uso de cobradores nas linhas urbanas de transporte público. As manifestações ocorreram em frente das garagens e, depois, em uma caminhada feita por integrantes da categoria. O projeto que pode reduzir o número de cobradores pode ser votado nesta quarta-feira.

Por volta das 6h da manhã, os funcionários do transporte público bloquearam parcialmente a saída de ônibus da Carris e da Nortran. Alguns coletivos demoraram até 20 minutos até conseguirem passar pela manifestação. Isso resultou em uma operação parcial das linhas de transporte público. Ou seja, todas tinham coletivos atendendo os itinerários, mas em número reduzido.

No caso da Nortran, os coletivos começaram a sair apenas depois das 6h20 da manhã. Já na Carris, a circulação foi liberada por volta das 7h da manhã.

Após a liberação das garagens, os motoristas e cobradores decidiram fazer caminhadas até a Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A manifestação provocou lentidão nos corredores de ônibus, o que atrasou linhas de transporte coletivo da Capital e região metropolitana.

Os dois grupos de rodoviários chegaram à Câmara por volta das 9h da manhã. A circulação de coletivos foi normalizada por volta das 10h da manhã.

Projeto em pauta para votação

De acordo com o projeto que pode ser votado hoje, a tripulação, composta por motoristas e cobradores, poderá sofrer redução gradativa de sua composição. O texto também prevê que as vagas de cobrador não sejam repostas pelas empresas.

Se aprovada a proposta, o pagamento da tarifa, entre as 22h e 4h, deverá ser efetuado exclusivamente por meio de cartão de Bilhetagem Eletrônica. O texto ainda prevê pagamentos via cartão de débito, cartão de crédito ou outras formas eletrônicas, mas que precisariam de regulamentação.

Em sua justificativa ao projeto, o prefeito Nelson Marchezan Júnior destaca uma migração para um modelo em que a cobrança da tarifa seja efetuada por meio de novas tecnologias. Conforme ele, plataformas que possibilitem ao usuário interagir diretamente com equipamentos de controle embarcados.