A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro diz que está orientando as equipes das unidades estaduais para receber pacientes que não forem atendidos na rede municipal. Hoje (12) é o terceiro dia de paralisação dos empregados terceirizados da área de saúde do município do Rio de Janeiro.
De acordo com a SES, houve um aumento de até 45% no número de atendimentos em Unidade de Pronto Atendimento (UPAs) e unidades hospitalares administradas pelo estado. A SES diz ainda que instalou uma comissão para acompanhar a assistência prestada ao cidadão.
“A secretaria reestrutura e treina as equipes que atuam nas unidades para acolher bem o paciente durante o atendimento e também em situações de aumento no tempo de espera, situação que deve ocorrer”, diz a pasta em nota enviada à imprensa.
Salários atrasados
Os empregados terceirizados do município, que são agentes comunitários de saúde, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais, estão sem salário desde outubro. De acordo com eles, mais de 20 mil profissionais estão nessa situação.
Os mais afetados são aqueles contratados por Organizações Sociais (OSs) e organizações não governamentais (ONGs), que recebem recursos da prefeitura para administrar unidades de saúde. Nas unidades administradas por essas organizações, o atendimento ficou restrito a 30% do contingente dos profissionais. A paralisação afeta principalmente clínicas da família e centros municipais de saúde.
Repasses
A SES diz ainda que assinou, no último dia 19, dois convênios para investimentos na saúde do município do Rio de Janeiro, que totalizam um repasse de R$ 234 milhões. O primeiro estipula um repasse único no valor de R$ 60 milhões, destinado para melhorias em unidades de saúde da prefeitura.
A SES também inicia repasses mensais de R$ 6 milhões para contribuir no custeio dos hospitais Albert Schweitzer e Rocha Faria, na Zona Oeste da capital, que foram municipalizados em 2016. O valor será repassado nos próximos 24 meses, somando R$ 174 milhões. Do total, R$ 42 milhões, que são referentes aos meses retroativos à assinatura, novembro e dezembro, já foram transferidos aos cofres municipais, de acordo com o governo do estado.
A SES acrescenta que já repassou, entre janeiro e novembro, outros R$ 35 milhões ao município do Rio, por meio de cofinanciamentos para fortalecer a atenção primária, como realização de exames, compra de medicamentos, entre outros benefícios.