Bolsas europeias abrem em queda ainda sob efeito chinês

As principais Bolsas de Valores da Europa abriram em queda nesta quarta-feira (26), ainda influenciadas pelas instabilidades em relação à economia chinesa.
O principal índice de Milão, o FTSE MIB, caiu 1,55% na abertura, atingindo 21.318 pontos. Em Londres, a retração foi de 1% e, em Frankfurt, de 1,7%. A Bolsa de Paris registrou queda de 1,8%, a de Madri, de 1,3%, e a de Atenas, de 1,5%.
Ontem, os principais índices europeus tinham encerrado o dia em alta. Apesar da abertura dos mercados ter sido negativa, as Bolsas seguem oscilando nesta quarta-feira. Na Ásia, o índice Hang Seng, de Hong Kong, encerrou o dia com retração de 1,52%. A Bolsa de Xangai, que iniciou as operações com alta de 0,5%, não conseguiu segurar o resultado e fechou em -1,27%.
A Bolsa de Tóquio foi uma das únicas da região a registrar alta de 3,2% no fechamento. O índice Nikkei ganhou 570,13 pontos, atingindo 18.376,83. Desde segunda-feira (24), os mercados operam com instabilidade por conta da forte queda da China, cuja a economia pode estar em uma desaceleração maior do que a prevista por analistas.
Caso esse cenário se concretize, haveria uma queda global no preço das commodities, como metais básicos, o que impactaria diretamente o Brasil, que é o grande exportador de minério de ferro à China. Ontem, o Banco Popular da China (PBOC, o Banco Central do país) reduziu as taxas de juros e afrouxou as taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses, como medida para apoiar a economia. A manobra, porém, não conseguiu reanimar os ânimos do mercado.
Em sua página oficial, o PBOC informou que reduziu a taxa de empréstimo e de depósito de um ano a 0,25 ponto percentual. Já a taxa de compulsório foi cortada em 0,5 ponto percentual e ficou a 18% para a maioria dos grandes bancos. Além disso, de acordo com a imprensa local, Pequim injetou 150 bilhões de yuan para aumentar a liquidez, na maior intervenção do tipo desde janeiro de 2014.