Corpo da mãe de Bernardo é exumado para nova perícia

O corpo de Odilaine Uglioni, mãe do menino Bernardo Boldrini, foi exumado na manhã de hoje do Cemitério Municipal de Santa Maria e está sendo periciado por técnicos do IGP (Instituto-Geral de Perícias) na Capital. O ato foi realizado a pedido do delegado de polícia de Santa Rosa, Marcelo Lech, que comanda uma nova investigação sobre o suposto suicídio de Odilaine.
Segundo o inquérito policial, a mãe de Bernardo morreu após dar um tiro na boca, em fevereiro de 2010, dentro da clínica do então marido, Leandro Boldrini. o inquérito foi reaberto neste ano após uma perícia contratada pela família de Odilaine apontar que a carta de suicídio não teria sido escrita por ela. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clinica.
A defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo. Entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, assinatura fraudada em uma carta deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.
Desde a morte de Bernardo, a avó materna do menino, Jussara Uglione, vinha solicitando a abertura do inquérito sobre a morte da filha. Conforme seu advogado, Marlon Taborda, o trabalho da polícia é fundamental para “confirmação ou confrontação dos pontos obscuros” a respeito do incidente de 2010.
Caso Bernardo
O corpo de Bernardo Boldrini foi encontrado no dia 14 de abril de 2014, enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan. Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois teriam recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo.
A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele.