A greve dos professores estaduais teve adesão parcial na manhã desta segunda-feira (18) em Porto Alegre. A paralisação foi convocada pelo CPERS (Sindicato dos Professores) em protesto contra o pacote de reforma de carreiras do serviço público estadual.
A interrupção das aulas ocorre às vésperas dos temidos vestibulares da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e de universidades particulares.
Em algumas escolas as aulas não foram suspensas. No Colégio Paula Soares, no Centro de Porto Alegre, algumas turmas tiveram aula pela manhã. Outras, no entanto, foram dispensadas pela ausência de professores.
Já no Colégio Júlio de Castilhos, um dos maiores da Capital, não houve aulas. Os portões da instituição permaneceram fechados durante toda a manhã. Situação similar na Escola Técnica Senador Ernesto Dorneles.
Outra Escola Técnica, o Parobé, na avenida Loureiro da Silva, teve calendário escolar normal nesta manhã.
Situação semelhante, com algumas escolas funcionando e outras fechadas são reportadas em várias cidades do RS. Em Camaquã, por exemplo, a maioria das escolas teve calendário escolar normal ou parcial. Apenas uma escola ficou fechada.
A convocação da greve ocorreu logo após o governo de Eduardo Leite (PSDB) anunciar o pacote de medidas para reestruturar as carreiras do funcionalismo. Mesmo com uma reunião para tentar um meio-termo para as mudanças, o CPERS foi contra. O sindicato diz que as ações são “desmonte para o Estado” e “ataque aos professores”.
Como não houve contraproposta do CPERS para os planos de carreiras estipuladas pelo governo do Estado, o pacote seguiu para a AL sem alterações. Foi o único que não teve mudanças após conversas com representantes das entidades.