Com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 1,57 trilhão, a Rússia se posiciona como um dos mercados mais atraentes do Brics. Para o Brasil, que tem uma parceria estratégica com a Rússia desde 2002, o momento de obter vantagem do mercado russo ainda não chegou.
Ao contrário, o Brasil está com um déficit comercial de US$ 1,74 bilhão no comércio com a Rússia nos 10 primeiros meses deste ano, resultado de exportações de US$ 1,34 bilhão para aquele país e de importações provenientes do mercado russo de mais de US$ 3 bilhões no mesmo período.
No entanto, a apresentação das 23 ações propostas hoje pelo Conselho Empresarial do Brics (Cebrix) para o incentivo ao comércio e aos investimentos dos países que integram o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pode significar um novo momento para as relações do Brasil com a Rússia. A entrega do documento foi feita por ocasião do 11ª Reunião de Cúpula do Brics, que ocorre nesta quarta-feira (13) e na quinta-feira (14) em Brasília, que conta com a participação do presidente russo, Vladimir Putin.
Parceria
O Brasil tem um histórico de cooperação com a Rússia em ciência, tecnologia e inovação, dado o crescente nível de cooperação entre instituições inovadoras do Brasil e contrapartes russas.
Em dezembro de 2018, coordenadores de três parques tecnológicos brasileiros visitaram Moscou com o objetivo de criar caminhos para a internacionalização de startups brasileiras na Rússia. Essa iniciativa fez parte do Programa de Diplomacia da Inovação, do Itamaraty, que tem estimulado a criação da Rede de Parques e Incubadoras de Negócios Tecnológicos do BRICS.
Segundo o diretor de desenvolvimento industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, o mercado da Rússia oferece excelentes oportunidades para empresas brasileiras no que se refere à economia digital.
“O Brasil tem muito a ganhar se aproveitar a chance de parceria com a Rússia nessa área”, disse em entrevista à TV Brasil .