Próximo professor: emergente ou medalhão?

Com a saída de Diego Aguirre, um novo técnico assumirá o Colorado nos próximos dias. Os nomes no mercado são muitos, mas a maior dúvida da torcida colorada é: contratar um técnico emergente, quem sabe dos times do interior, ou optar por um treinador conhecido como “medalhão”, com bastante experiência em várias equipes.
Até agora, o treinador mais próximo do estádio Beira-Rio é Muricy Ramalho. Um grande nome do futebol brasileiro que só não assumiu a Seleção Brasileira por estar comprometido com um projeto atrativo do Fluminense. Apesar de estar debilitado, em questões de saúde, Muricy pode surgir no Internacional. O problema é o quanto ainda ele pode render como técnico do time. Muricy é um medalhão, um bom medalhão, mas não será a solução. Talvez coloque o Inter próximo ao G-4, leve o Inter para as finais da Copa do Brasil. Mas não é isso que o Colorado precisa neste momento. Apesar de Vitório Píffero gostar dos medalhões, o Inter precisa se reconstruir e, para isso, um técnico emergente se faz necessário neste momento.
Quando falo em reestruturação, digo para chamar um técnico com ideias novas, com novo estilo dentro do futebol. Dentre esses, cito Lisca, Gilmar Dal Pozzo, Rogério Zimmermann e Petkovic – o ex-jogador sérvio que treina o Criciúma. O sérvio, aliás, é, na minha opinião, o melhor nome para assumir a equipe do Internacional. O Colorado tem de esquecer o ano de 2015 e focar no futuro – como fez o Cruzeiro há alguns anos. Contratar um técnico emergente e criar um elenco para ganhar sequência é uma excelente opção. Mesmo que – com o voto contra de muitos colorados – tenha de vender o grande craque do time Andreas D’Alessandro. Sim, o prazo de validade do argentino já se esgotou e sua permanência de nada ajuda na emergência de um técnico dentro do clube.
Um bom exemplo de técnico emergente vem do próprio rival. Roger Machado mudou a cara do Grêmio e fez o time ter uma postura muito diferente dentro de campo, sem perder o comando do vestiário. É inovador, estuda, projeta. É isso que o futebol precisa. É isso que o Inter precisa neste momento. Um emergente! Seja Dal Pozzo, Lisca, Petkovic ou outro qualquer. Presidente, não pense só no momento atual, invista no futuro e na continuidade. Chame um técnico emergente. Se puder, chame o “Pet”.