Comprar uma casa é um plano distante para a maioria dos brasileiros.
Sessenta e um por cento dos entrevistados pela pesquisa Ipsos Global Advisor sobre acessibilidade imobiliária acreditam não ter capacidade financeira para comprar uma moradia.
O índice global é de 58%.
Os países onde as pessoas mais disseram que suas possibilidades estão fora da faixa de preço do mercado imobiliário local foram Hungria (84%), Japão (83%), Sérvia (81%), Polônia (75%) e Argentina (68%).
A pesquisa também traz o recorte de acordo com a renda das famílias e, como esperado, quanto menor a renda, maior o índice de pessoas que responderam não poder bancar a compra de uma casa em seu mercado imobiliário. 67% dos entrevistados de baixa renda familiar responderam não ter possibilidade de comprar imóvel nas regiões onde moram. Entre os de renda familiar média, o índice foi de 59%, e entre os de alta renda, 48%.
Os que disseram não poder comprar a casa também foram questionados se eles achavam que esta situação era temporária ou permanente. Nos mercados emergentes, a maioria dos entrevistados responderam acreditar ser algo passageiro. Peru (80%), Brasil (79%), Argentina (78%), México (75%), Arábia Saudita (73%) e Índia (72%) encabeçam lista dos mais otimistas para o futuro. Na ponta oposta da lista, entre os que menos acham que a situação é passageira, estão Japão (18%), Alemanha (31%), Polônia (31%), Grã-Bretanha (33%) e Hungria (33%).
Quando os dados são isolados por faixa etária, os mais novos são os que mais acreditam que a situação é temporária. 65% dos entrevistados com menos de 35 anos, 49% dos entrevistados com idade entre 35 e 49 anos e 33% dos entrevistados com mais de 50 anos acham que podem mudar de situação no futuro.
O estudo online Ipsos Global Advisor aconteceu entre o 20 de setembro e o 4 de outubro de 2019 em 29 países, entre eles o Brasil. Foram realizadas 20.448 entrevistas. A margem de erro para o Brasil é de 3,1 pontos percentuais.