O vereador André Carús (MDB) foi solto na tarde desta quinta-feira (10). Ele estava sob custódia desde o dia 1º, quando a Polícia Civil deflagrou na Operação Argentários. Carús é suspeito de coagir assessores para que eles tirassem empréstimos consignados e entregassem o dinheiro para o vereador.
Como parte das medidas cautelares diversas da prisão o vereador licenciado não pode deixar Porto Alegre pelo prazo superior a 30 dias, sem prévia autorização judicial. Ele terá que entregar o passaporte, não pode entrar na Câmara de Vereadores e nem pode exercer o cargo.
Também há proibição de manter contato com outros investigados e testemunhas enquanto perdurarem as investigações. Carús ainda deve fazer apresentação mensal em juízo para informar e justificar atividades durante o período.
A soltura do político do MDB e ex-secretário municipal foi confirmada pelo advogado Jader Marques, que cuida da defesa de Carús. A prisão temporária dele vencia hoje, às 23h59.
Um dia após ser preso, o vereador pediu licença das suas funções por tempo indeterminado. Ele ficou preso três dias na carceragem do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), em Porto Alegre. Depois, foi transferido para a Cadeia Pública – novo nome do velho Presídio Central.
Na terça-feira, Carús prestou depoimento, por três horas. O conteúdo, porém, é ainda mantido em sigilo pela Polícia Civil. Além do vereador, três assessores e três gestores de uma financeira foram presos na operação Argentários.
Ontem, seis funcionários do gabinete tiveram sua exoneração publicada no Diário Oficial da Câmara de Vereadores. O vereador suplente Delegado Cleiton (PDT) já tomou posse no lugar de Carús.