A descoberta de que assistentes do Facebook, da Amazon e do Google ouviam e gravavam os áudios dos usuários também chamou a atenção. “Se você se compromete, como empresa, que o assistente só vai começar a gravar quando eu der um comando e ele está gravando em momentos outros, tenho aí um problema”, diz a advogada Juliana Akaishi. O jornalista Carlos Alberto Teixeira, especialista em tecnologia, faz uma reflexão “as pessoas começam a tomar mais cuidado com o que está sendo falado.”
Esse é o tema do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, que vai ao ar hoje (1º), às 21h30.
Qual o perigo das informações que estamos compartilhando diariamente na internet? É preciso tratar o que se coloca na rede com mais responsabilidade? O pesquisador de segurança em tecnologiaThiago Marques ressalta que as redes sociais são uma boa ferramenta, mas precisam ser usadas da forma correta: “Evitar postar informação demais. Se você foi viajar para uma determinada cidade e tirou um monte de foto, talvez não poste no dia em que você está lá. Volta e aí posta as fotos.”
Diante dos fatos, é preciso debater a importância de uma legislação para proteger os dados de cada usuário. Desde 2018, a União Europeia conta com um regulamento que dá poder de escolha ao usuário sobre o que ele decide compartilhar com as empresas. Aqui no Brasil a questão jurídica também avançou. Em 2014 foi criado o Marco Civil da Internet e no ano que vem entrará em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados: “Ela cria uma autoridade nacional para avalizar as empresas a fazer tratamento de dados, então essa lei traz, sim, muitas inovações”, ressalta Guilherme Farid, da Fundação Procon de São Paulo.