A política de transformação digital se tornou uma agenda prioritária do governo, afirmou o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro, em evento promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Bruxelas, onde foram reunidos líderes em governo digital de 33 países.
“Isso é tão importante que tira das costas do cidadão, seja o trabalhador ou empresário, a necessidade de deslocamentos, juntada de documentos, ida a cartórios e todos os processos burocráticos que são tão caros para a nossa economia e travavam o crescimento até aqui”, ressaltou Monteiro.
Segundo o Ministério da Economia, lideradas pela Secretaria de Governo Digital, as ações de transformação digital no governo brasileiro se orientam por quatro grandes objetivos até o fim 2020: lançar a identidade digital, publicar mil novos serviços digitais, unificar os canais digitais do governo e agilizar o registro de empresas que atuam no país. Desde janeiro, o governo federal digitalizou 320 serviços, quase três vezes mais do que em todo o ano de 2018, gerando uma economia anual de quase R$ 1 bilhão, sendo aproximadamente R$ 200 milhões para o governo e R$ 740 milhões para a sociedade.
Evento
Realizado no Japão em 2015, na Estônia, em 2016, em Portugal, em 2017, e na Coreia do Sul, em 2018, o E-Leaders deste ano reúne os líderes em transformação digital não só do setor público, mas especialistas do setor privado, da sociedade civil e do meio acadêmico.
O desafio é demonstrar como as experiências de êxito podem ser reproduzidas e adaptadas a outros países membros e não membros da OCDE, como é possível acelerar estratégias de transformação digital sustentáveis no setor público e como incrementar o número de serviços capazes de gerar bem-estar social por meio do avanço digital.
No modelo brasileiro, o caso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que completou a digitalização de todos os serviços em julho deste ano, é um dos principais marcos. Hoje, inclusive os pedidos de aposentadoria podem ser feitos pela internet. “Já são 10 milhões de solicitações por ano que agora o brasileiro pode fazer sem sair de casa, nem pegar fila e trânsito”, acrescentou o secretário de Governo Digital.