Policiais civis protestam em várias cidades contra morte de colega

A tarde desta sexta-feira foi marcada pelos protestos dos policiais civis gaúchos contra a morte do colega Valdeci Machado. Com carreata e suspensão no atendimento nas delegacias, eles mostraram o descontentamento com a insegurança que o Estado vive. A frase que resumia o sentimento dominante era “podia ser qualquer um de nós”.
As manifestações dos policiais começaram antes das 14h, quando dezenas de viaturas interromperam o trânsito da Avenida Ipiranga, no cruzamento com a avenida Erico Veríssimo. Os policiais saíram das viaturas e empunharam bandeiras do Estado e da Polícia Civil. Por uma hora, entre às 14h e 15h DPPAs (Delegacias de Pronto Atendimento) de todo o Rio Grande do Sul paralisaram suas atividades.
Após, os policiais seguiram, em carreta para o cemitério Jardim da Paz onde prestaram uma última homenagem a Valdeci. Depois da cerimônia fúnebre, as viaturas saíram em carreata até o Palácio Piratini, onde realizaram um “sirenaço” e criticaram o decreto de contenção de gastos assinado pelo governador José Ivo Sartori.
O crime
Valdeci foi atingido com um tiro na cabeça após entrar em luta corporal com um criminoso que havia fugido da Delegacia de Polícia de Alvorada. O bandido foi localizado no bairro Intersul e não aceitou voz de prisão. Na briga, o homem conseguiu pegar a arma do policial e disparou. Ele acabou preso pouco tempo depois.
Novos protestos
No dia 18 de agosto, agentes das Polícia Civil, Brigada Militar e IGP (Instituto-Geral de Perícias) farão uma marcha contra a política do governo estadual e contra o parlamento gaúcho que aprovou a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
O texto do Executivo prevê que as despesas do Estado não podem crescer mais de 3% em relação ao previsto para o ano, o que deve provocar arrocho nos salários dos servidores.