Carrasco do "Maracanazo", Alcides Ghiggia morre aos 88 anos

Sua morte ocorre exatos 65 anos depois do Maracanazo

Morreu na tarde desta quinta-feira (16) o homem que ficou conhecido como o “carrasco brasileiro na Copa de 1950”. Alcides Ghiggia, 88 anos, ex-ponta direita uruguaio, não resistiu a um ataque cardíaco. Sua morte ocorre exatos 65 anos depois do Maracanazo.

Ghiggia era o último jogador vivo que entrou em campo naquela partida. Agora todos os protagonistas do duelo que chocou de 200 mil pessoas no Maracanã, estão mortos.

História
Nascido dia 22 de dezembro de 1926 em Montevidéu, Alcides Edgardo Ghiggia foi um dos melhores atacantes dos anos 1940 e 1950, jogando sempre pela direita, com dribles rápidos, cortes secos e chutes colocados. Era peça indispensável no ataque do Peñarol, onde ganhou fama a partir de 1948.

Em 1957, Ghiggia se naturalizou italiano e chegou a vestir a camisa da Azzurra, mas não conseguiu ajudar o time a se classificar para a Copa de 1958, na Suécia, onde o Brasil conquistaria seu primeiro título mundial.
Homenagens
Jogou até os 41 anos e se aposentou em 1965, mas nunca se desligou do futebol. Há três anos, Ghiggia ficou próximo da morte, mas conseguiu se recuperar e receber outras homenagens ainda em vida.
Em junho de 2012, sofreu um grave acidente de carro, fraturou uma das pernas e teve traumatismo craniano. Ele ficou 20 dias em coma induzido num hospital em Montevidéu, passou por diversas intervenções cirúrgicas, mas se recuperou meses depois.
Há um ano, Ghiggia comentava de casa sobre os acontecimentos na Copa do Mundo. Ele afirmou que o Maracanazo foi maior do que o vexame brasileiro diante da Alemanha. O ídolo uruguaio está presente na calçada da fama do Maracanã desde dezembro de 2009.