Um incêndio florestal de grandes proporções, que teve início na tarde desse sábado (17), deixa ao menos 62 mortos no distrito de Leiria, na região nordeste de Portugal, informou hoje (18) o Secretário de Administração Interna de Portugal, Jorge Gomes. Ao menos 59 pessoas estão feridas. O governo português decretou três dias de luto nacional.
Pelo menos 30 pessoas morreram dentro das viaturas ou foram apanhadas pelas chamas perto dos carros, na estrada, entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra. Três morreram por inalação de fumos, junto a um cemitério.
O primeiro-ministro, António Costa, visitou a região atingida e disse que “seguramente é a maior tragédia nacional” dos últimos anos no país. O maior número de vítimas foi registrado na vila de Pedrogão Grande, mas o fogo se alastrou também por Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera.
Segundo Jorge Gomes, o incêndio ainda tem quatro frentes ativas, duas das quais de “extrema violência”. Balanços tem sido divulgados de hora em hora e o número de vítimas pode aumentar.
Ao todo, 687 bombeiros e 224 viaturas foram acionados para tentar controlar as chamas, mas segundo o governo português há outros incêndios florestais no país que impedem o emprego integral das forças.
Causa natural, acredita governo
O governo espanhol foi acionado e enviou equipes para auxiliar no combate ao fogo. Por meio do Mecanismo de Proteção Civil, a União Europeia enviou três aviões para ajudar nos trabalhos de controle do incêndio.
A Polícia Judiciária de Portugal ainda investiga as causas das chamas, mas informou não considerar o incêndio como tendo origem criminosa, sendo o mais provável que tenha se iniciado com um raio caindo sobre alguma árvore seca e, posteriormente, espalhado pelos fortes ventos que atingem a região.
Os incêndios florestais em Portugal são comuns durante o verão europeu. No sábado, uma onda de calor elevou as temperaturas a patamares acima dos 40 graus Celsius.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Espanha, Manoel Rajoy, ligaram para o primeiro-ministro português, António Costa, para prestar solidariedade e oferecer ajuda.