Preso suspeito de matar nove pessoas em igreja dos EUA

A polícia prendeu nesta quinta-feira (18) o jovem branco suspeito de matar a tiros nove pessoas na noite de quarta-feira (17) em uma histórica igreja da comunidade negra na Carolina do Sul (EUA), disse o prefeito de Charleston, Joseph P. Riley.
De acordo com a mídia americana, o suspeito foi preso em Shelby, Carolina do Norte, a cerca de 320 km do local do ataque. Previamente, a polícia havia divulgado imagens de uma câmera de segurança mostrando que o suspeito era um homem branco e sem barba. Identificado como Dylann Storm Roof, de 21 anos, o suspeito aparece nas imagens vestindo um moletom cinza, calça jeans e botas.
Para o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen, o ataque foi “um crime de ódio”, em referência a um crime racial. Segundo testemunhas, antes de lançar o ataque, o atirador se levantou e disse que estava ali para “matar pessoas negras”.
Paralelamente às investigações estadual e local, a Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça, o FBI e o gabinete do Ministério da Justiça na Carolina do Sul abriram uma investigação sobre crime de ódio racial em relação ao caso.
O ato de violência aconteceu às 21h locais (22h em Brasília) na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, descrita em seu site como a mais antiga igreja metodista episcopal africana do sul dos EUA.
A igreja foi fundada em 1816, quando negros que faziam parte da Igreja Metodista Episcopal de Charleston formaram sua própria congregação após desentendimentos internos. O suspeito ficou quase uma hora no encontro em que era realizada uma prece em grupo antes de matar seis mulheres e três homens, disse Mullen.
De acordo com o legislador estadual Todd Rutherford, entre os mortos está o pastor da igreja, Clementa Pinckney, que também fazia parte do Legislativo estadual. Casado e com dois filhos, Pinckney, 41, foi eleito para a Câmara dos Representantes aos 23 anos, tornando-se o mais jovem membro da Casa na época.
A igreja onde houve o ataque realiza estudos bíblicos em nas noites de quarta-feira. Corey Wessenger, que estava parado do outro lado da rua, em frente à igreja, disse que a área ficou repleta de policiais logo após o incidente.