A Cruz Vermelha informou ontem (29) que obteve permissão do governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e da oposição para iniciar uma operação de entrega de ajuda humanitária no país.
De acordo com o presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Francesco Rocca, a entidade deve começar a distribuição de alimentos e medicamentos em 15 dias. Segundo Rocca, cerca de 650 mil pessoas devem ser atendidas.
“Em um país dilacerado pela luta entre poderes, o poder da humanidade prevaleceu. Esse é um passo crucial na expansão dos serviços humanitários na Venezuela, com foco específico na saúde, salvando mais vidas e aliviando o sofrimento das pessoas vulneráveis que estão enfrentando uma situação terrível”, disse o presidente da entidade.
A Cruz Vermelha também informou que a ajuda humanitária incluirá antibióticos, kits cirúrgicos e geradores elétricos para hospitais, que também sofrem com as quedas constantes no fornecimento de energia na Venezuela.
A entrada de alimentos e medicamentos na Venezuela tem sido um dos temas centrais na disputa política entre o regime de Maduro e Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, que foi reconhecido por mais de 50 países, entre eles Brasil e Estados Unidos.
Em um alerta divulgado na quinta-feira (28), a Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que um quarto da população da Venezuela está vivendo em situação de pobreza, o que equivale a cerca de 7 milhões de pessoas. A população do país é de aproximadamente 30 milhões de habitantes.
*Com informações da Deutsche Welle, agência pública da Alemanha