Vinte e oito pessoas morreram por causa da gripe no estado. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, sete em cada dez pessoas que morreram apresentavam problemas de saúde diversos, de asma até obesidade mórbida.
Segundo Kleber, a circulação do vírus H1N1 no Amazonas ocorreu mais cedo do que o verificado em anos anteriores.
Wanderson Kleber fez o anúncio da vacinação antecipada na tarde desta terça-feira (19) em Manaus, acompanhado pelo governador do estado, Wilson Lima, e pelo prefeito da capital, Arthur Virgílio Neto.
No Brasil
A campanha nacional de vacinação começará na primeira quinzena de abril, prazo também antecipado em relação à imunização feita nos anos anteriores. Em todo o país, serão aplicadas 64 milhões de doses contra a gripe, o equivalente a 30% do total da população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística (IBGE) (209 milhões).
Conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha de vacinação dará prioridades a mulheres grávidas e que deram luz nos últimos 45 dias. Também terão prioridade as crianças de 1 ano a 5 anos, 11 meses e 29 dias. Na comparação com ano passado, a faixa etária de vacinação das crianças foi ampliada em um ano.
Neste ano, a vacinação em todo o Brasil começará com o atendimento de gestantes e crianças, que poderão pôr em dia outras vacinas previstas nas cadernetas de saúde das crianças, distribuídas nos postos de saúde das redes pública e privada.
Também são alvo da vacinação trabalhadores de saúde que prestam atendimento à população e outras grupos mais vulneráveis como os povos indígenas, idosos, professores de escolas públicas e privadas e pessoas que sofrem com duas ou mais doenças simultâneas ou que estejam em estado clínico especial.
Por causa da aglomeração nos presídios, também será dada atenção especial a adultos privados de liberdade; e a jovens e adolescentes (12 a 21 anos) cumprindo medidas socioeducativas; além dos funcionários do sistema prisional.
Cuidados básicos
Wanderson Kleber alertou para os riscos de circulação de informações falsas, inclusive pelas redes sociais, contra a vacinação. “Isso preocupa as autoridades de saúde em todo o mundo. Uma afirmação repassada de forma desatenta e descuidada é desinformação. Hoje vivemos mais por causa da vacinação feita no passado. Nós eliminamos, por exemplo, a varíola. Precisamos valorizar a vacinação, a ciência tem evidências irrefutáveis dos benefícios”, disse o secretário à Agência Brasil.
Ele ressaltou também a necessidade de a população tomar cuidados básicos como lavar constantemente as mãos, evitar compartilhar utensílios, usar lenços descartáveis e hidratar-se bem.
Estas são as orientações do Ministério da Saúde para evitar o conáagio da gripe
*Colaborou Juliana Nunes, Repórter da Rádio Nacional