A Etiópia realizou hoje (17) um funeral simbólico em memória das 157 pessoas que estavam a bordo do Boeing 737 da Ethiopian Airlines, que caiu na manhã do dia 10 pouco depois de decolar de Adis Abeba, capital do país. Desde a queda da aeronave, as autoridades não conseguiram recuperar nenhum corpo e a identificação por meio de DNA pode levar até seis meses.
Sem os corpos, as autoridades deram a cada família um quilo de terra do local onde o avião caiu, que foi enterrada neste domingo pelos parentes das vítimas. Cada vítima terá uma lápide com seu nome. A cerimônia foi realizada na igreja Saint Trinity, localizada na capital. O ato reuniu milhares de pessoas, entre elas parentes dos passageiros e dos tripulantes.
O voo ET 302 caiu perto da cidade de Bishoftu, ou Debre Zeit, cerca de 50 quilômetros ao sul da capital. A queda ocorreu poucos minutos após a decolagem.
O Boeing 737-800 MAX é o mesmo modelo de aeronave que, em outubro do ano passado, esteve envolvido em outro acidente. Um aparelho idêntico da companhia indonésia Lion Air caiu no mar 13 minutos após partir do aeroporto de Jacarta, causando 189 mortes.
Após o acidente na Etiópia, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão dos voos com Boeing 737-8 Max, no Brasil. A diretriz deve ser cumprida imediatamente, inclusive pelas empresas que já tinham anunciado a suspensão de suas operações, como a Gol.
A Agência Europeia para a Segurança da Aviação Civil também proibiu os voos com o modelo.
* Com informações da agências Télam, DW e RTP