O primeiro dia do júri popular dos quatro réus acusados pelo homicídio do menino Bernardo Uglione Boldrini teve dois depoimentos. As oitivas ocorrem no Foro da Comarca de Três Passos. A primeira testemunha de acusação, delegada de polícia Caroline Bamberg, que presidiu o inquérito na época do crime. A segunda foi a também delegada Cristiane Braucks, que atuava como na delegacia regional na época do crime.
Seguindo o rito processual, a juíza Sucilene Werle iniciou a oitiva das testemunhas de acusação nesta segunda-feira. Antes da tomada dos depoimentos, foi composto o conselho de sentença, formado por sete jurados ainda na parte da manhã.
A tomada dos depoimentos começou no início da tarde. A delegada de polícia Caroline Bamberg depôs por mais de quatro horas. “Causou estranheza sempre a frieza do pai durante o desaparecimento do Bernardo”, disse ela.
Em entrevista a uma rádio na época em que o menino estava desaparecido, reproduzida pela acusação, Boldrini, além de usar o verbo no passado ao referir que Bernardo “morava” com ele, esquivou-se de dar o seu telefone para contato em caso de localização do filho. Em seguida, a testemunha respondeu aos questionamentos dos advogados de cada um dos réus.
A segunda testemunha concluiu seu depoimento pouco antes das 21 horas. Ela foi, por várias vezes, confrontada pela defesa dos Boldrini e dos Wirganovicz. Em vários momentos, houve discussão entre a juíza e os advogados das partes no plenário por causa das questões pouco objetivas.
O julgamento recomeça às 9h da manhã desta terça-feira. Mais duas ou três testemunhas devem depor. A expectativa do Ministério Público é de que os quatro réus, Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia e Evandro Wirganovicz, sejam condenados às penas máximas previstas para os crimes dos quais são acusados.