Jordaniano desiste e Blatter é reeleito pela 5ª vez como presidente da Fifa

Após ficar atrás no primeiro turno das eleições para a presidência da Fifa, o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein se retirou da disputa e deu a vitória ao seu atual mandatário, Joseph Blatter. No sufrágio inicial, o cartola suíço havia recebido 133 votos, contra 73 do opositor. No entanto, como um candidato precisaria de 140 para vencer, o pleito iria para o segundo turno, quando o quorum mínimo seria de 105.
Ao ver que a vantagem de Blatter não poderia ser revertida, o jordaniano se retirou. Com isso, o presidente conquistou seu quinto mandato consecutivo e continuará no comando da entidade que chefia desde 1998. Apesar dos vários escândalos de corrupção envolvendo a Fifa, ele sempre se manteve como homem forte da confederação. O cartola está no organismo desde 1975, quando o mandatário era o brasileiro João Havelange.
Na associação que controla o futebol mundial, o suíço já atuou como diretor de programas e desenvolvimento técnico e secretário-geral. “Poderia ter recebido mais votos, mas vamos em frente. Agradeço a todos por terem me dado a possibilidade de guiar o futebol pelos próximos quatro anos”, disse Blatter.

Eleição em meio à crise

A eleição aconteceu em meio a uma investigação da Justiça americana que levou à prisão de sete cartolas ligados à entidade, incluindo o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin.
As detenções foram cumpridas a pedido do FBI, que apura suspeitas de extorsão, fraude e lavagem de dinheiro. As suspeitas recaem sobre mais de US$ 100 milhões que teriam sido movimentados nos últimos 20 anos no sistema bancário dos Estados Unidos.
Os valores referem-se a contratos de marketing, direitos televisivos e organização de competições. Marin, por exemplo, teria recebido milhões de dólares em propinas em troca de acordos envolvendo a Copa América e a Copa do Brasil.