Cotidiano

Vale começa a cadastrar pessoas com parentes mortos ou desaparecidos

A mineradora Vale começa hoje (31) o cadastro de pessoas que têm parentes mortos ou desaparecidos após o rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A empresa informou que pagará às famílias R$ 100 mil por pessoa desaparecida ou morta. Segundo a Vale, o repasse é uma doação.

O atendimento começou ontem (30) em dois postos, das 14h às 18h, e prosseguirá das 8h às 18h nos demais dias, prioritariamente na Estação do Conhecimento e no Centro Comunitário do Feijão.

De acordo com o porta-voz do Comitê de Respostas Rápidas da mineradora em Brumadinho, Sérgio Leite, estão aptos a receber o repasse famílias de funcionários da Vale, contratados e terceirizados, e membros da comunidade, falecidos ou desaparecidos, conforme lista oficial validada pela Defesa Civil de Minas Gerais e divulgada no site da empresa na última segunda-feira (28).

Critérios

A Vale informou que apenas um representante por família poderá se registrar para receber o valor. Serão priorizados inicialmente os responsáveis legais por filhos menores de idade, seguidos de cônjuges ou companheiros em regime de união estável, descendentes e, por último, ascendentes.

“Procuramos organizar de forma bastante criteriosa para garantir o funcionamento adequado. A gente sabe das dificuldades do momento”, disse Sérgio Leite. “É uma doação voluntária da Vale, independentemente de qualquer outra providência ou reposição.”

A mineradora ressaltou que, no momento do registro, será necessário apresentar a documentação comprobatória de vínculo familiar e dados pessoais originais e atualizados (nome completo, RG, CPF, data de nascimento, endereço completo, e-mail, telefone e dados bancários).

Segundo ele, três canais telefônicos podem ser utilizados para tirar dúvidas quanto ao processo de registro: 0800 031 0831(Alô Brumadinho), 0800 285 7000 (Alô Ferrovias) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale).