Serviços devem ser os mais afetados pelo dia de paralisação

O dia nacional de manifestação contra as medidas do governo de ajuste fiscal e revisão de benefícios deve afetar principalmente o setor de serviços no Rio Grande do Sul. O metroviários da Trensurb e rodoviários da Capital são os mais mobilizados, mas bancários, professores e servidores da saúde também participarão do ato. Veja a lista das áreas que devem ser afetadas.
Metroviários — Sob a bandeira que o projeto de lei da terceirização e as medidas provisórias que criam novos critérios de acesso ao seguro-desemprego, à pensão por morte, à concessão do auxílio-doença e ao abono salarial são desfavoráveis à classe trabalhadora, os metroviários decidiram ontem por paralisação total nesta sexta. A decisão foi antecipada pelo Plantão RS ainda na terça-feira (26). Cerca de 210 mil passageiros devem ser afetados.
Rodoviários — Outra categoria que deve aderir em peso ao dia de greve são os rodoviários de Porto Alegre. Por decisão judicial, a categoria não pode bloquear a saída de coletivos das garagens e deve cumprir com o mínimo de 50% da frota nos horários de pico. Entretanto, o sindicato da classe afirmou que não garante a circulação dos ônibus em nenhum momento. Mais de 1 milhão de passageiros podem ser afetados.
Na região metropolitana, os sindicatos municipais dos rodoviários decidiram não paralisar as atividades. Na região metropolitana, a Vicasa de Canoas garante que colocará mais 300 horários extras, utilizando a frota das linhas de Integração trem-ônibus, se houver paralisação total. Se houver trem, menos horários extras devem ser ofertados. Já a Central Transportes, que atende os municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo garante que irá disponibilizar mais 20 coletivos por causa da paralisação do trem. Entretanto, não se pode descartar que piquetes na porta das garagens das empresas impeçam a saída de coletivos.
Bancos — O SindBancários aprovou a adesão à paralisação e o fechamento das agências deve ocorrer de forma parcial. No dia de paralisação realizado em março, cerca de 25% das agências da Capital funcionaram normalmente. Segundo o Sindicato dos Empregados no Comércio da Capital, não há orientação para que as lojas fechem amanhã. Entretanto, lojistas podem suspender o atendimento aos clientes por causa da falta de funcionários.
Escolas — O Cpers Sindicato aderiu à paralisação, orientando que as escolas do Estado não tenham aula nesta sexta-feira. Após aprovação da participação em assembleia, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado também está convocando a categoria para participar da paralisação.
Hospitais e universidades — O SindiSaúde afirma que parte das atividades no Hospital de Clínicas deve ser afetada. Uma manifestação está marcada para acontecer em frente a casa de saúde. Aulas nas universidades serão normais.