Em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro concedeu hoje (23) uma declaração à imprensa ao lado do presidente da Colômbia, Iván Duque, da vice-presidente do Peru, Mercedes Araoz, e da Ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland. Em conjunto, eles reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e o processo de transição no país.
A reação ocorre poucas horas depois de Guaidó se declarar, durante manifestação na rua de Caracas, como presidente interino da Venezuela. Ele disse que vai promover novas eleições e também se comprometeu a anistiar militares que abandonarem o atual governo, de Nicolás Maduro.
“Nós daremos todo o apoio político necessário para que esse processo siga seu destino”, afirmou Bolsonaro, no vídeo postado na sua conta pessoal no Twitter. Mais cedo, o Itamaraty e o próprio presidente divulgaram manifestação em apoio a Guaidó.
Duque mencionou a preocupação com a população venezuelana. “[A Colômbia] acompanha o processo de transição até a democracia para que o povo da Venezuela se liberte da ditatura.” A Colômbia é o país que mais recebe pedidos de asilo e refúgio de imigrantes venezuelanos na região.
Para o Peru, que proibiu a entrada do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seus assessores, reiterou a confiança em Guaidó. “Vamos apoiar essa transição democrática com todos os países e colaborando com o povo [venezuelano].”
Agenda em Davos
Ao longo do dia, Bolsonaro se reuniu com o presidente da Suíça, Ueili Maurer, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair. O presidente janta hoje com líderes da América Latina e novamente Venezuela será o tema principal.