A chuva intensa e concentrada no Oeste do Rio Grande do Sul já provoca a remoção de famílias em Alegrete, na Fronteira Oeste. Ao menos 850 pessoas já tiveram de deixar suas casas por causa da cheia do rio Ibirapuitã. O nível da água chegou aos 13 metros nesta manhã.
Conforme a Prefeitura do município, cerca de 2.000 pessoas foram atingidas, direta ou indiretamente, pela enchente. Levantamento da noite de ontem apontava que 858 pessoas foram atendidas pela administração. Dessas, 346 estão desabrigadas, ou seja, estão em abrigos públicos; e 512 desalojadas, em casas de amigos e parentes.
As famílias desabrigadas estão distribuídas, conforme a demanda, em sete abrigos coletivos. No Ginásio de esportes do Instituto Estadual de Educação Oswaldo Aranha, estão alojadas 33 famílias.
Também recebem desabrigados a quadra de Esportes da Escola Eurípedes Brasil Milano, o Colégio Emílio Zuñeda, a quadra da escola municipal Honório Lemes, o parque de exposições Lauro Dornelles, as instalações do antigo IRMA, onde estão abrigadas 11 famílias, e Escola Lauro Dornelles que colocou quatro salas à disposição da Prefeitura.
Por conta da cheia do Ibirapuitã, a ponte Borges de Medeiros, que serve de ligação entre dois pontos da cidade foi interditada. Há receio que a estrutura possa ser danificada pela força da correnteza.
Também por conta disso, as ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estão operando em duas bases em Alegrete. A primeira no Centro Social Urbano, com operação 24 horas. E a segunda no Posto de Atendimento Médico Central, das 7h às 19h até o desbloqueio da ponte.
Doações
A Prefeitura de Alegrete pediu ao Governo do Estado, via Casa Civil, ajuda humanitária. Foram solicitadas cestas básicas, kit de limpeza, kit de higiene pessoal, Kit dormitório, roupas de cama e 200 colchões.
Moradores estão fazendo o recolhimento de doações para os atingidos.