Inquérito sobre a morte da mãe de Bernardo será reaberto

O inquérito policial que investigou as circunstâncias da morte de Odilaine Uglione, e concluiu que a mãe de Bernardo se suicidou, em 2010, deverá ser reaberto. A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, e atende ao pedido do MP (Ministério Público), realizado na segunda-feira.
O magistrado considerou que “os elementos e fundamentos apresentados são suficientes para reabertura das investigações” acerca da morte da mãe de Bernardo, assassinado em abril de 2014.
O pedido de desarquivamento que foi formulado pelo MP “decorre da necessidade de confrontação, por diligências oficiais, das perícias particulares, que foram realizadas de forma unilateral, a pedido da mãe da vítima”, afirma nota divulgada pelo Ministério em seu site.
Na suposta nova versão da morte de Odilaine, é imputada à secretária do consultório a confecção da carta de suicídio, além de outras suspeitas levantadas pela mãe de Odilaine por meio de investigações particulares.
Dúvidas sobre a investigação
A defesa da família Uglione alega que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estão divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, assinatura fraudada em uma carta deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria um fato novo.
Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.