Campanha de vacinação contra gripe imunizou menos de 30% do público-alvo

Após 11 dias de campanha de vacinação contra a gripe, apenas 29,24% do público-alvo já foram imunizados. O grupo mais vulnerável a complicações da doença é formado por 49,7 milhões de pessoas, das quais 14,5 milhões foram vacinadas entre o dia 4 de maio, início da campanha, e a última sexta-feira (15), segundo balanço divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde.
Mulheres no período de até 45 dias após o parto formam o público-alvo que mais buscou a imunização, com 40% de cobertura. Em seguida, vêm os idosos (32,1% de cobertura), crianças de 6 meses a 4 anos incompletos (29,8%), gestantes (27,56%) e trabalhadores da saúde (22,9%).
A meta do ministério é imunizar 80% do público-alvo até sexta-feira (22), quando a campanha será encerrada. Disponibilizada pelo Ministério da Saúde, a vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais devem circular este ano: A H1N1, A H3N2 e Influenza B.
O período de maior circulação do vírus vai do fim de maio até agosto. Como a vacina demora de duas a três semanas para gerar anticorpos no organismo, as pessoas devem procurar a imunização durante a campanha.
Segundo o ministério, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Desde 4 de maio, a vacina está disponível para crianças de 6 meses a menores de 5 anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; mulheres que tiveram filhos há no máximo 45 dias; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; e pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais.
O Ministério da Saúde informou que, após a aplicação da vacina, podem ocorrer dor no local da injeção, vermelhidão e enrijecimento, mas esses sintomas são benignos e costumam passar em até 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação alérgica prévia em doses anteriores ou para aquelas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
RS lidera cobertura vacinal contra a gripe no país 

O Rio Grande do Sul lidera a cobertura vacinal no país, seguido do Paraná e Santa Catarina. Na avaliação do secretário da Saúde, o dado real é ainda maior. “Muitos municípios ainda não estão com os números atualizados no sistema”, explica Gabbardo. “Nossa expectativa é atingir a meta de 80% até 22 de maio, último dia da campanha, e para isso precisamos que a população-alvo, compareça às Unidades de Saúde e garanta a imunização antes da chegada do inverno”, acrescenta. Até o momento, a SES (Secretária Estadual da Saúde) registrou a aplicação de mais de 1,8 milhão de doses em integrantes dos grupos prioritários e portadores de doenças crônicas.

O grupo de mulheres pós-parto (puérperas) registrou a maior cobertura vacinal (70,1%), seguido pelos idosos (64%). Entre a população-alvo da campanha, os doentes crônicos são os que menos receberam a vacina. Crianças e gestantes também registraram menor procura pela vacina.

A vacina está disponível para 3,5 milhões de integrantes dos grupos prioritários formados por idosos a partir de 60 anos,trabalhadores de saúde,crianças entre seis meses e menores de cinco anos,gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; indígenas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.