Mais um caso de mortandade de peixes foi registrado no estado do Rio de Janeiro. Dessa vez, o caso aconteceu na Lagoa de Piratininga, em Niterói. Segundo a Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), cerca de 1,5 tonelada de resíduos sólidos já foram retirados do local, desde ontem (26), quando foi constatado o fenômeno.
Uma equipe do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fez uma vistoria no local e constatou que a mortandade ocorreu em razão das altas temperaturas, aliadas ao assoreamento da lagoa (acúmulo de sedimentos), em conjunto com a entrada de ventos e chuvas ao fim do dia. Tais fatores favorecem a redução do oxigênio dissolvido na água, que ocasiona a morte de peixes.
A Prefeitura de Niterói informou, em nota, que técnicos vão analisar o oxigênio dissolvido na água e as espécies de peixes afetadas. Além disso, o município está finalizando o projeto executivo do Parque Orla de Piratininga, que inclui a recuperação ambiental da Lagoa.
Segundo a prefeitura, a pavimentação das vias no entorno da lagoa está sendo feita para reduzir a chegada de sedimentos na água. O município está desenvolvendo também um projeto de renaturalização do Rio Jacaré, principal rio que deságua na lagoa.
O trabalho de limpeza ainda não tem previsão para acabar porque a companhia depende que os peixes mortos boiem para as margens da lagoa, já que a companhia não faz o recolhimento dentro d’água. Segundo a Clin, o trabalho será realizado enquanto houver resíduos.
Outro caso
Esse é o segundo caso de mortandade de peixes no estado em uma semana. O primeiro ocorreu na última quinta-feira (20), na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da cidade do Rio. Depois de três dias de trabalho, a Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) recolheu 55,1 toneladas de peixes mortos.
*Estagiária sob supervisão de Vitor Abdala