O Ministério Público (MP) do Estado de Goiás confirmou hoje (16) a informação de que o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, retirou R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras após as primeiras denúncias de abuso sexual. A informação acelerou a decretação da prisão preventiva do médium, que ainda não se apresentou à polícia.
O médium é considerado foragido. Segundo o MP, ele não foi encontrado em todos os endereços possíveis e o comparecimento espontâneo não ocorreu nas 24 horas seguintes à ordem de prisão. João de Deus pode ser preso por qualquer autoridade policial brasileira ou estrangeira, com auxílio da Interpol, caso saia do país.
Na sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça de Goiás acatou o pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e determinou a prisão do médium goiano.
A reportagem não conseguiu falar com o advogado Alberto Toron, que defende João de Deus. O médium nega as acusações.
As denúncias contra João de Deus começaram a vir a público no dia 7, quando a mídia divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam ser vítimas do médium começaram a procurar as autoridades e a imprensa.