O Congresso dos Estados Unidos aprovou hoje (13) uma lei para combater o assédio sexual na Câmara dos Representantes e no Senado, além de mudar a forma como os órgãos lidam com as denúncias.
A nova lei estabelece, por exemplo, que os políticos acusados de assédio sexual deverão pagar os acordos econômicos que fizerem com as vítimas do seu próprio bolso, não com recursos públicos, como podia ser feito até então.
O texto agora vai à sanção do presidente Donald Trump.
A líder democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, classificou a lei como um “avanço histórico” para defender a dignidade humana e evitar novos abusos no Congresso.
“Esse projeto de lei protege todos da nossa comunidade legislativa de abusos no local de trabalho e ajuda a fomentar um clima de respeito”, disse Pelosi em comunicado.
O acordo final para votar o projeto de lei é resultado do movimento Me Too (Eu também), que revelou uma série de escândalos de abusos sexuais em diferentes setores do país e também sacudiu o Capitólio ao longo deste ano.
O senador Al Franken, do estado de Minnesota, renunciou ao cargo depois de ser acusado por várias mulheres de ter uma conduta sexual inadequada. Na Câmara de Representantes, vários congressistas, como Blake Farenthold, do Texas, usaram recursos públicos para firmar acordos com vítimas de assédio.