Outro dado abordado pela pesquisa foi o número de famílias com nome sujo na capital paulista. Segundo o índice, a taxa de inadimplência recuoo de 1,6 ponto porcentual, marcando 18,5% em novembro – ante 20,1% em outubro. Isso significa que são quase 722 mil famílias que não conseguiram pagar suas dívidas na data do vencimento. No mesmo período do ano passado, a taxa estava mais alta (20,4%).
A taxa de famílias paulistanas que declararam não ter condições de quitar a dívida no próximo mês também diminuiu, ao passar de 9,5% em outubro para 8,7% em novembro. Entretanto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve aumento de 1 ponto porcentual.
Na segmentação por renda, ambos os grupos tiveram queda. As famílias com rendimentos abaixo do salário mínimo (R$ 954) foram as mais endividadas, com 23,2% dessa faixa declarando ter alguma dívida atrasada no mês de novembro, ante 25% de outubro. A inadimplência das famílias com renda superior a dez salários mínimos caiu comparação mensal.
Tipos de dívida
O cartão de crédito continua como o principal tipo de dívida. Em novembro, 70,9% das famílias fizeram compras com cartão. Na segunda posição, veio o carnê, com 13,5%, seguido por financiamentos de carro e de casa, ambos com 12,1%.
De acordo com a FecomercioSP, apesar de o resultado geral ser positivo, permanece o quadro de alerta dos últimos meses, visto que a queda em alguns itens ocorre sobre níveis históricos elevados.
Além disso, o desemprego se mantém alto, o que dificulta o maior controle do orçamento doméstico e a obtenção de crédito.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor é feita mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados, aproximadamente, 2,2 mil consumidores na capital paulista.
*Estagiário sob supervisão de Alexssander Soares