Ghosn foi preso há três semanas por suspeita de ter deixado de declarar mais de 40 milhões de dólares ao fisco japonês por cinco anos, período em que teria omitido parte de seu salário nos relatórios financeiros da Nissan. O executivo foi formalmente denunciado pela promotoria do Japão.
Segundo a família, a montadora de veículos japonesa trocou as fechaduras do apartamento e impediu que os parentes de Ghosn entrassem no local para recuperar seus pertences.
A Nissan chegou a pedir na Justiça para manter os bens do ex-executivo para que, em uma auditoria interna, pudesse apurar as acusações de sonegação fiscal e fraudes. Mas a Justiça fluminense entendeu que a Nissan comprou o apartamento para uso exclusivo de seu ex-executivo e que a empresa nunca teve a posse efetiva do imóvel. Além disso, a montadora não poderia manter sob sua custódia os pertences de Ghosn.
Por isso, foi expedido um mandado de reintegração de posse à família de Ghosn, para que possa reaver seus bens pessoais.