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EUA negam que detenção de executiva de Huawei afete trégua com a China

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, negou hoje (7) que a detenção e pedido de extradição aos Estados Unidos da diretora financeira da empresa chinesa Huawei, Meng Wanzhou, possam afetar a trégua comercial pactuada com a China. "Não ac...

O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, negou hoje (7) que a detenção e pedido de extradição aos Estados Unidos da diretora financeira da empresa chinesa Huawei, Meng Wanzhou, possam afetar a trégua comercial pactuada com a China.

“Não acredito que vá contagiar as conversas comerciais. Por enquanto, duvido disso”, afirmou Kudlow, em entrevista à emissora CNBC, ao comentar o caso de Meng, que foi detida em Vancouver, no Canadá, no dia 1º deste mês, cuja extradição foi solicitada pelos Estados Unidos.

Kudlow ressaltou que esse assunto vai por “um caminho separado” do reinício da negociação comercial, estipulada pelos dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na Cúpula dos Líderes do G20 (que reúne as maiores economias mundiais), no último fim de semana. O assessor econômico é o primeiro detentor de alto cargo no governo Trump a comentar publicamente o assunto.

“Não se pode quebrar a lei. Se quebrar a lei americana, se quebrar a lei canadense, tem que pagar as consequências. Isso ocorreu com outras empresas, e seguirá sendo assim. São assuntos de segurança nacional”, afirmou Kudrow.

As autoridades americanas acreditam que a empresa Huawei violou as sanções impostas ao Irã por intermédio da Skycom, uma companhia que o gigante chinês da eletrônica assegura que é independente.

Meng foi detida a pedido dos Estados Unidos ao fazer escala na cidade canadense quando estava a caminho do México, o que gerou os protestos do governo chinês.

A detenção da executiva chinesa ocorre em um momento delicado nas relações entre Washington e Pequim, justamente quando ambas partes tinham aceitado o reatamento das conversas relativas ao comércio.

Após o encontro da Argentina, Trump e Xi Jinping decidiram dar-se 90 dias para resolver suas diferenças comerciais, um período no qual os Estados Unidos aceitaram deixar em 10% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses a partir de 1º de janeiro do ano que vem, e não aumentá-las por enquanto para 25%, como estava previsto.

Apesar da positiva a reação inicial dos mercados diante do anúncio do acordo, a falta de concretização sobre os compromissos alcançados e o caso de Meng alimentaram o nervosismo e fizeram com que os mercados encadeassem várias jornadas de perdas.