O presidente eleito, Jair Bolsonaro, indicou hoje (5) que ainda não escolheu os titulares para os ministérios do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos. Também sinalizou que ainda está indefinido o destino da Fundação Nacional do Índio (Funai), hoje vinculada ao Ministério da Justiça, e que pode ser transferida para outra pasta. Mas, segundo Bolsonaro, a decisão mais difícil envolve o Meio Ambiente.
“Está difícil. Temos bons nomes, mas estamos procurando aquele que melhor se adapte àquilo que eu quero, ou seja, a preservação do meio ambiente sem prejudicar outras atividades [econômicas]”, disse Bolsonaro após ser condecorado com a Medalha do Pacificador.
Mais uma vez, o presidente eleito criticou a legislação ambiental pelo excesso de exigências que acabam por dificultar o empreendedorismo no país. “Precisamos de segurança jurídica”, disse.
Funai
Questionado sobre o futuro da Funai, Bolsonaro sinalizou que ainda está indefinido. “Vai para algum lugar, onde o índio receberá o tratamento que ele merece. O índio quer se integrar à sociedade, ele quer aquilo que nós queremos, energia elétrica, médico, dentista, internet, jogar um futebol, ele quer aquilo que nós queremos”, disse Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, os indígenas querem se integrar à sociedade urbana e comparou com o que ocorre na Bolívia, onde o presidente Evo Morales deverá concorrer ao quarto mandato.
“Na Bolívia, o índio pode ser presidente, aqui querem tratar como se fosse animal no zoológico, dentro de uma reserva. Eu quero tratar o índio como ser humano, como um cidadão, que explore sua propriedade, o subsolo, dê royalties disso, plante ou arrende sua terra para que seja plantada.”
Servidores da Funai enviaram uma carta ao ex-juiz Sergio Moro, confirmado para o Ministério da Justiça, na tentativa de evitar o remanejamento destacando a importância do órgão permanecer sob os cuidados do Ministério da Justiça. A preocupação se concentra em torno da demarcação de terras indígenas e garantias de direitos dos índios.
Direitos Humanos
Bolsonaro também disse que ainda não encontrou um nome de consenso para assumir o Ministério dos Direitos Humanos. “Ainda não tenho um nome confirmado. Temos indicações. Estamos aguardando um pouco mais, pois não podemos escolher um nome e, amanhã, dizer que o nomeado será outro”.
* Colaborou Carolina Gonçalves