O ministro de Energia do Catar, Saad al Kaabi, anunciou hoje (2) que o seu país deixará a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em janeiro.
O Catar é o maior exportador de gás natural do mundo e sua economia depende em 70% da exploração de petróleo. Segundo Kaabi, o objetivo é “focar no negócio do gás” natural.
“Não quero ir à reunião e falar do orçamento do ano [2019], quero ser transparente. Falei com o secretário-geral e lhe disse que queremos nos centrar no negócio do gás. Comentei com ele as nossas intenções de ir à reunião desta semana e ele aceitou. Não queremos surpreender os membros [da Opep]”, afirmou Kaabi.
Ele disse que a decisão de deixar a Opep “não tem a ver com o bloqueio” econômico que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito impõem contra Doha desde junho de 2017.
“Quando um país quer sair da Opep tem que fazer um pedido e depois, se aceito, para que esteja fora no prazo de um mês”, explicou Kaabi.
O Catar mantém relações diplomáticas frágeis com seus vizinhos Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito desde junho de 2017, porque esses quatro países acusam o Catar de patrocinar o terrorismo.
O Catar, que é membro da Opep desde 1961, é o maior exportador de gás natural do mundo, com 128,645 bilhões de metros cúbicos por ano, informou a Opep.
O pequeno emirado, o menor país da Opep por tamanho e população, conta com a terceira maior reserva de gás natural do mundo, calculada em 23,8 trilhões de metros cúbicos.
Opep
Essa organização reúne 14 integrantes, dos quais oito são os maiores produtores de petróleo no mundo. Juntos, os integrantes englobam 75% das reservas mundiais de petróleo.
De acordo com dados oficiais, os 14 membros da organização abastecem 40% da produção mundial e 60% das exportações mundiais.
*Com informações da EFE