A recuperação dos investimentos chegou ao principal programa federal de obras. Os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) somaram R$ 19,155 bilhões de janeiro a outubro, alta de 3,8% em relação aos mesmos meses do ano passado, descontada a inflação. Até setembro, o programa registrava queda real na execução.
De janeiro a outubro, as receitas líquidas acumulam alta de 6% acima do IPCA. As despesas totais, em contrapartida, subiram em ritmo menor: 2,3% acima da inflação. Os gastos com a Previdência Social subiram 1,6% além da inflação, contra alta de 1% (também acima da inflação) dos gastos com pessoal.
As demais despesas obrigatórias, no entanto, acumulam queda de 2,9% descontada a inflação, por causa principalmente da redução dos gastos com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) (-44%), com subsídios (-28,5%) e com abono e seguro desemprego (-5,3%).
As despesas de custeio (manutenção da máquina pública) acumulam alta de 7,7% acima da inflação nos dez primeiros meses do ano. A alta no custeio ocorre porque, nesse item, está registrada parte de gastos obrigatórios, que têm crescido acima da inflação nos últimos anos e não podem ser reduzidas.