A confusão marcou a tarde que seria de decisão da Libertadores da América, em Buenos Aires, na Argentina. A superfinal entre River Plate e Boca Júniors teve que ser adiada após agressão a jogadores e muita confusão no Monumental Núnez. O estádio sediaria a partida, que acabou sendo transferida para este domingo, acabou interditado.
As confusões começaram quando a torcida do River chegava ao estádio. Houve confronto com a polícia antes do horário previsto para a bola rolar no clássico estádio.
Mas o pior veio a seguir. O ônibus que levava a delegação do Boca Juniors passou por um aglomerado de torcedores do River. Os hinchas do time vermelho-e-branco jogaram pedras, pedaços de paus, garrafas e tudo o que tinham em mãos contra o veículo. O coletivo teve vidros estourados.
A polícia argentina, para conter os torcedores, jogou spray de pimenta contra os agressores. No entanto, os jogadores do Boca, que ainda estavam dentro do coletivo, também foram atingidos pela nuvem do dispersante.
O jogador Pablo Pérez teve uma lesão no olho. Conforme o canal Todo Notícias, ele sofreu uma úlcera causada por corpos estranhos. O atleta não tem condições de participar da decisão. Outros dois jogadores foram atendidos, mas liberados.
A série de confusões e a incapacidade dos atletas de entrar em campo fez que a Conmebol adiasse a partida em uma hora. O jogo, previsto para 17h no fuso de Buenos Aires (18h no Horário Brasileiro de Verão), foi adiada para 18h (19h em Porto Alegre).
No entanto, as condições de segurança para a realização o jogo se deterioraram. Com isso, a organização decidiu que a partida deverá ser jogada no domingo, às 18h.
No início da noite, porém, mais um revés. A Agência Governamental de Controlte do Governo de Buenos Aires, determinou a clausura do estádio por tempo indeterminado. Ao canal FOX Sports Argentina, Ricardo Pedace, diretor geral da agência, explicou que a decisão pode ser revertida se as medidas de segurança forem cumpridas.
Além disso, o River foi multado pelos incidentes. No entanto, o valor ainda não foi divulgado.
A repercussão dos incidentes desse sábado é mundial. A imprensa de vários países deu destaque ao vexame argentino. Para o Todo Notícias, o jornalista Pablo Gravellone, disse que a superfinal entre River e Boca era “a pior do mundo”. “Essa final entre Rio e Boca despiu todas as misérias sociais e organizacionais, com grande responsabilidade pela segurança e pela Conmebol”, destacou em artigo no site do canal.