O juiz federal Sergio Moro, confirmado para o Ministério da Justiça (que agregará a Segurança Pública e parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras), afirmou hoje (19), em Brasília, que pode se reunir esta semana com os ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim.
Segundo ele, há a possibilidade de ser anunciado o nome do futuro diretor-geral da Polícia Federal até sexta-feira (23).
Moro interrompeu o almoço, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição, para conversar com a imprensa. Ele disse que está organizando sua equipe.
Nesta segunda-feira foi publicada sua exoneração da magistratura, no Diário Oficial da União, seção 2, página 47.
Exoneração
O ato de número 428 é assinado pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª região, Carlos Eduardo Thompson Flores, informando que a exoneração ocorre a pedido do próprio Moro. Na sexta-feira (16) ele enviou ofício formalizando o ato.
No pedido de exoneração, Sergio Moro argumentou que pretende “organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça”.
“Houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo”, disse.
Em substituição a Moro no comando dos processos da Operação Lava Jato ficará temporariamente a juíza Gabriela Hardt. Como substituta, ela não pode assumir de forma definitiva a vaga de Moro.
Após a publicação do ato de exoneração, deve ser expedido o edital para concurso de remoção.
A remoção é um concurso interno entre magistrados da Justiça Federal da 4ª Região para preenchimento de vagas.